sex and the city

Repensando a minha vida, percebi que já fui quase todas.

Até os 22 anos, era uma Samantha: devoradora de homens. Amor? O que é isso? Tinha apenas minhas paixões platônicas por héteros, mas no dia-a-dia era a piranha-do-banheiro. Sexo por sexo. Pegava geral por luxúria e prazer. Era uma vadia louca buscando saciar instintos, quase um escravo disso.

Depois da primeira ida ao Rio de Janeiro, voltei Charlotte, completamente apaixonada, acreditando no príncipe encantado, no homem perfeito para casar, ter cachorros e morar em uma casa com muro branco. Estava cansado de sexo casual - apesar de morrer de tesão e ter um fogo dos infernos, e queria encontrar alguém realmente especial, um amor para a vida toda. Todo cara que eu conhecia, me fazia alimentar esperanças e sonhos. Essa fase durou até o meu último namoro, sepultado oficialmente em julho, mas considerando termos práticos, finado em maio.

Agora acho que estou Miranda: frígida, crítica, pensando demais nos termos, na existência humana, etc. E confesso que não sinto vontade de transar. Me masturbo vendo fotos e vídeos na internet, usando lembranças dos caras que já peguei, mas não to muito a fim de transportar isso para o mundo real.

E namoro, relacionamento? Não! To com a cabeça em outra... vou viajar, estou fechando ciclos, então não tem cabimento começar nenhuma outra história.

O que eu quero agora é sair com meus amigos beeshas, mulheres beeshas, falar besteira, tomar Starbucks, dar risada, bater cabelo e dar pinta. Às vezes quero alguém pra ficar abraçadinho, dormir junto, mas sem sexo e beijos calientes (só uns beijinhos mais carinhosos). Mas não encontro muita gente disposta a isso. Os caras se apaixonam por mim, sabe? Querem me namorar e me comer a qualquer custo.