quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

intrusa

Alguns anos atrás, quando eu morava fora do país, voltava de madrugada do trabalho. Além do frio infernal das madrugadas de inferno inverno, tinha medo de fantasmas e outros seres do além que perseguiam pobres adolescentes na calada da noite.

Entrei correndo na kitnétchy e meus roommates sempre deixavam algum docinho pra mim na cozinha, que ficava separada do quarto. Notei que havia uma caixa de rosquinhas e que deveria ter uma com cobertura de morango, que eu adóuro.

Abre parênteses
A cozinha era minúscula. Eu, que não sou lá muito alto, não conseguia abrir a minha envergadura. Dava dois passos e ela acabava!
Fecha parênteses

Quando me voltei à pia para lavar as mãos e poder me deliciar com os donnuts, vi uma intrusa. Era uma barata enooooooooooooorme, do tamanho de um chihuahua. Juro. E as baratas gringas são diferentes das nacionais. Ai, me arrepio só de lembrar.

O que fazer, meu Deos? Fingir que não é comigo e dormir? Mas e se ela invadisse o quarto e colocasse aquelas patas asquerosas em mim?

Decidi cometer um assassinato. Mas nos estrangeiro, há algumas inovações tecnológicas, tipo um inseticida com o bico em forma de cabo para não precisar se aproximar tanto do cruel e escabroso monstro inseto. E shhhhhhhhh.

A filha-da-putinha ainda subiu pela parede para tentar se esconder atrás dos armários. E dá-lhe mais inseticida. Ela caiu na pia, atrás da faca. E vocês acham que eu ia levantar a faca? Tôbowa! Taquei mais inseticida. Era um pó branco, uma fumaça... parecia show de drag!

Mas ela mó-rreu. E a dúvida crucial: o que eu faço? Acordo o pessoal pra pegar a barata? Não, não. São 4h da manhã, o pessoal tá dormindo, vai acordar cedo pra ir trabalhar e você é homem, macho e vai terminar o serviço. Peguei um saquinho de plástico e pus na mão como se fosse luva. Mas vocês já pegaram cocô de cachorro assim? Dá até pra sentir a temperatura do excremento.

Pensei:
- Oquéi, não vou entrar em contato com esse ser das trevas, mas como o saquinho é fino, vou sentir toda a consistência dela. Imagina a casquinha crocante da barata? Aaaaaaaaaaaiiiiiii!!!!

Fui no banheiro, peguei metros de papel higiênico. Então a ordem dos materiais ficou assim: minha mão > saco de plástico > papel higiênico > barata.

Ela ainda mexia as anteninhas, mas estava imóvel. E com tanto aparato, quando fui pegar, ela escapou! Caiu na pia de novo. E dei um gritinho. Fino. Agudo. E ela ainda escapou umas duas vezes, e era a mesma coisa: gritinhos.

Ainda bem que ninguém ouviu!

No dia seguinte, tive que lavar a cozinha inteeeeeeeeira: toda a louça, parede, armários... tava tudo coberto com inseticida. Olha a capacidade que esse ser tem de infernizar a nossa vida, viu?

7 comentários:

Ainda mais por dentro...(rick) disse...

hauhauhauhauhauahuahuahua
adorei fiquei aqui imaginando a cena.

Giordanno disse...

AFE!Se tivesse me chamado,eu teria matado pra vc menino...

Râzi disse...

Hhuahauuauahauahauahauah!

Ah, meu lindo, por isso que vc é o Venenoso, né? Porque adoooora matar baratas usando toneladas de veneno???

Uma chinelada certeira faz o mesmo trabalho com muito mais eficiência!!

Agora, aos agradecimentos!

Primeiramente, obrigado por atender ao meu pedido! Adorei!

Segudamente, obrigado pelo papo ontem! Curti muito falar com vc! Te espero outras vezes!

Beijão!

Anônimo disse...

ahhh, que lindo que vc agradeceu pelo meu primeiro pronunciamento- comentario- por aqui, hehe...bem, só me resta dar uns gritinhos, nao por causa da baratinha indefesa, mas de alegria. ui, ai !beijo
e meu nome é marco, sem s.lol

Sexyback disse...

AMo, seus posts, me divirto muito...
Já me tornei sua fã.
Bjs
Sexy

Sexyback disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Goiano disse...

kkkkkkkkkk adorei


toneladas de veneno!!!!
kkkkkkkkk