No começo dos anos 2000, quando dava voltas de carro pelo circuitinho GLS de Sampa, notei uma casa/boate/bar enfeitada com 4 banners brilhantes, cada um com uma letra: MCQB. Depois de algum tempo, descobri que significa isso aí que está escrito acima, mas nunca tive coragem de botar meus pés lá. Nem sei se a casa existe ainda, mas achei um ótimo nome de blog. Don't you think?
Refleti o modo como eu corria atrás dos bofes vendo o filme "Ele não está tão a fim de você". Eu passei dias lendo o livro "Ele simplesmente não está a fim de você" e aprendi a ser independente.
Muitas sessões de terapia e milhares de litros de Starbucks com azamiga para aprender a não depender de seres humanos do sexo masculino para viver.
Ouvi músicas da Cher, Whitney e Madonna e aprendi a dar a volta por cima e a cuidar de mim. E me colocar em primeiro lugar.
Filmes, academia, aulas de yoga, inglês, francês, trabalho voluntário, cursos. Tudo para manter a cabeça ocupada e pensar em mim. Só para não ficar com aquela cara de que a única coisa que faço é esperar que um príncipe encantado venha bater à sua porta - porque todos dizem que ele não existe.
Pois bem. Fiz toda a minha lição de casa. Aí apareceu um principezinho. Lindo! Gostoso, mais novinho. Ideias batem, bom caráter, bom papo...
E aí eu falei da história de termos vidas independentes, separadas, respeitar os espaços. Quer dizer, respeitar os MEUS espaços, sair com MEUS amigos, ter a MINHA agenda, os MEUS compromissos, a MINHA vida.
Aí assustei o bofe.
Aaaaaiiiii, como é difícil ser "molher" na sociedade contemporânea, viu?
Lembrei que eu ouvi muitas músicas, mas esqueci de uma: What it feels like for a Girl
Forte por dentro, mas você não sabe Garotinhas boas nunca se mostram
Quando você for abrir bem a boca parafalar Poderia ser um pouco frágil?
Quando você está tentando muito ser a melhor Poderia ser um pouco menos?